Todos os dias, os jornais noticiam a questão da violência, em especial contra a mulher. E não podemos fechar os olhos para essa realidade. Mas o que pouco se ouve falar é sobre a violência sexual contra homens. E essa realidade também existe e precisamos falar sobre ela.
Pra começar, você sabia que 1,8 milhão de homens – de diferentes idades – já sofreram violência sexual em algum momento de suas vidas? Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E o que mais me deixou abismada foi ver que a maioria são casos subnotificados, ou sejam, não foram notificados junto às autoridades – a exemplo de registro do caso na polícia.
Essa discrepância está profundamente enraizada em estereótipos de masculinidade que dificultam a identificação e a denúncia desses crimes.
A realidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência sexual como:
-Atos ou tentativas de atos sexuais;
-Investidas indesejadas;
-E outras ações direcionadas à sexualidade de uma pessoa, incluindo intimidação psicológica, chantagem e ameaças.
No entanto, a sociedade frequentemente não dá visibilidade as vítimas do sexo masculino, perpetuando a falsa ideia de que eles são sempre os agressores. Aliás, muitas vezes, quando o caso vem a público são até vítimas de chacota.
Como consequência disso, vemos homens que para esconder o que passam ou já passaram se afundam em drogas, isolamento social, práticas sexuais desprotegidas, ideação suicida e disfunções sexuais.
Nos relacionamentos e na vida profissional, não conseguem atingir o seu máximo potencial. Acabam por ter uma vida medíocre, sem realizações e prosperidade. Fazem planos, tem acesso a oportunidades, mas logo se sabotam.
E acredite: assim como muitas mulheres, infelizmente, se sentem culpadas pelo que vivenciaram quando se trata de violência, o mesmo acontece com os homens. Eles acham que são responsáveis pelo que aconteceu no passado.
Mudar essa realidade
Para enfrentar essa realidade que afeta várias áreas da vida e faz a vítima desconhecer ou ignorar suas consciências – espiritual, racional, emocional, física e instintiva – é preciso ajuda.
Além de apoio especializado, precisamos reconhecer que homens também são vulneráveis as agressões e que o silêncio em torno do tema perpetua o ciclo de violência.
Acredito que a verdadeira transformação começa dentro de cada homem. Minha missão é fazer com que enxerguem a verdadeira força interna que os motiva a terem energia para ir ao encontro do que quiserem, dinheiro, amor, prazer, enfim, prosperidade consigo mesmo.
Conhece homens que já passaram ou passam por violência? Compartilhe essa informação e conte com meu apoio.