Quando o corpo grita o que a mente não escuta

Você pode ter construído impérios, multiplicado números, batido metas, mas algo dentro de você segue inquieto. talvez você nem saiba nomear o que sente. só percebe que, de vez em quando, o corpo pesa. o sexo esfria. a raiva explode sem motivo. a energia oscila. a vontade de sumir aparece. e você, que aprendeu a resolver tudo com a mente, se vê confuso: por que isso está acontecendo comigo agora?

A verdade é que você passou tanto tempo resolvendo o que estava fora, que se esqueceu de ouvir o que gritava por dentro. o corpo, que antes era ferramenta de ação, começa a se tornar mensageiro de um colapso silencioso. e como ensinou Jung, “aquilo que você não traz à consciência volta como destino”. quando você não escuta seu cansaço, ele vira dor. quando não acolhe sua frustração, ela vira compulsão. quando não reconhece o vazio, ele te domina.

O homem automático vive no modo sobrevivência. toma decisões racionais, evita o incômodo e confunde desempenho com presença. só que presença não se treina com foco. ela se ativa com verdade. o corpo sente quando você mente para si mesmo.

A potência que você tanto busca, seja no sexo, nos negócios, ou na liderança, não nasce da força que você impõe, mas da verdade que você sustenta. a verdade sobre o que te falta. sobre o que te move. sobre o que você precisa, mesmo sem coragem de pedir.

A criança que um dia você foi ainda mora aí dentro. e ela não quer sua performance, ela quer seu colo. ela não quer que você vença. ela quer que você pare de fugir de si.

A maior virada da sua vida começa quando você para de anestesiar o incômodo e aprende a escutar o que ele quer te mostrar. porque o sintoma, seja ele sexual, emocional, físico ou relacional, não é o problema. é o chamado.


Meditação guiada, “o homem que voltou para si”

Feche os olhos.

Respire fundo, como se você pudesse entrar agora em um silêncio que raramente habita. Sinta o peso do seu corpo. sinta seus pés. suas mãos. sua respiração. Não precisa mudar nada. só sentir.

Agora, imagine que dentro de você existe uma casa. Ela é grande. você já conhece alguns cômodos, o da razão, o do controle, o da performance. Mas hoje você vai caminhar até o fundo da casa… Ali está uma porta que você sempre evitou abrir.

Sinta essa porta. ela tem cheiro de infância. ela guarda emoções que você não nomeou. Chegue perto. respire. toque nela.

Você não precisa forçar. só dizer com o coração: “Eu estou pronto para me ver.”

A porta se abre.

Ali dentro está uma parte sua que foi deixada de lado. talvez assustada, talvez carente, talvez cansada. Chegue perto. olhe nos olhos dele. e diga:

“Você não está mais sozinho. agora eu escuto. agora eu cuido.”

Respire profundamente. e sinta… Esse reencontro é o primeiro passo para libertar o homem que você nasceu para ser.

Quando estiver pronto, abra os olhos. E carregue com você a presença de quem voltou para casa.

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