Que bom é ser inteira.
Sem medo de me apagar pra caber.
Sem culpa por brilhar demais.
Sem vergonha por sentir tanto.
Que bom é ser livre.
Livre pra dizer sim com o corpo inteiro.
E dizer não… com a mesma inteireza.
Sem precisar me explicar.
Que bom é habitar a própria pele
com a leveza de quem já não busca aprovação.
Com a coragem de quem desfez as amarras
que vinham disfarçadas de amor.
Eu fui castrada —
como tantos foram um dia,
mesmo sem perceber.
Pelas palavras que feriam em nome do cuidado.
Pelos olhares que julgavam em nome da moral.
Por uma cultura que ensinou a temer
o próprio prazer.
Mas…
quando me permiti —
não pra performar,
mas pra sentir —
acessei algo que nenhuma regra alcança:
minha essência viva.
Meu instinto sagrado.
Minha verdade crua.
Na dança do toque,
no silêncio do olhar,
no sim que arrepia,
no não que protege,
eu me encontrei.
E ali, bem ali,
onde a mente já não manda,
meu corpo falou.
E eu ouvi.
O brilho voltou.
Não aquele que quer ser visto,
mas o que ilumina por dentro.
Que bom que posso experimentar a mim
sem pressa, sem culpa, sem manipulação.
Pelo simples ato de ser.
Pelo puro prazer de estar viva.
E pra quem esteve comigo
com verdade, com respeito, com presença —
meu amor é inteiro.
Meu cuidado, eterno.
E pra quem não esteve,
tá tudo bem.
Nem tudo é pessoal.
Às vezes, é só o meu corpo dizendo:
aqui não.
Porque quando a gente honra os próprios limites,
a vida devolve caminhos onde o amor é recíproco,
o toque é sagrado,
e o prazer…
é presença pura.
E é nessa presença que as potências se integram:
🩷 No corpo que pulsa (física)
🩵 Na alma que sabe (espiritual)
🧡 No sentir que se permite (emocional)
💙 Na mente que escolhe (racional)
❤️🔥 E no instinto que guia com sabedoria.
Ser é isso:
viver com potência —
não pra conquistar o mundo,
mas pra não perder a si mesma.